Há mais ou menos um mês começou a proliferação do Coronavírus na Itália, nas regiões Lombardia e Veneto. É onde se encontram cidades turísticas, tais quais Milão, Como, Verona e Veneza. Entretanto, os primeiros contágios se deram na província de Lodi.

Até às 18h de ontem (quinta-feira) foram registrados mais de 33 mil casos em todo o país. O norte italiano é o mais afetado, porém as províncias no Centro-Sul também contam com muitos infectados. Mas a boa notícia é que mais de 4 mil dessas pessoas já estão recuperadas.

As mortes aumentaram para 3.400, porém todas acometendo pacientes com mais de 65 anos que já possuíam certas patologias ou problemas respiratórios e um sistema imunológico abalado.

A Itália é o segundo país no mundo com mais casos de Coronavírus, ficando atrás apenas da China, porém ultrapassa a nação asiática em mortes. Parte da União Europeia, em acordo geral, decidiu fechar as fronteiras para tentar conter um pouco da disseminação do vírus.

O país inteiro está em situação de emergência e de quarentena há uma semana. As províncias mais afetadas já se encontravam em isolamento, mas a medida se estendeu a todo o território afim de conter a contaminação desenfreada.

Foto: reprodução

Com essa medida, a circulação entre cidades está bloqueada. É necessário portar uma autorização explicando os motivos de estar fora de casa. Desde que a quarentena começou, surgiu uma campanha na internet com a hashtag #iorestoacasa (#euficoemcasa), onde as pessoas postam fotos delas isoladas.

Entretanto, além de ser um problema de saúde pública, também afeta a economia italiana. Em uma carta aberta ao presidente da Região Lombardia, Attilio Fontana, 81 prefeitos de cidades Milanesas pediram ajuda.

“Está se tornando uma emergência econômica, gerada a partir da suspensão de alguns serviços, da limitação dos horários dos bares, da circulação mais baixa das pessoas em nossas lojas..”, disseram

Norte

A situação de Milão está um pouco conturbada. Diferentemente do que se vê nos dias normais, nesse mês há poucas pessoas andando nas ruas. Quem está fora de casa usa máscara protetora e os supermercados têm algumas prateleiras vazias. Brenda Delgado, 26, moradora da capital da moda, contou que o povo está um pouco assustado, pois em poucos dias os casos de contágio subiram muito.

“É quase impossível encontrar máscaras ou álcool em gel. As farmácias têm faixas na frente dizendo que acabou. E se conseguimos encontrar, o preço é muito alto. Domingo eu estive no supermercado e tinham muitas pessoas, mas algumas seções vazias”, afirmou.

O chefe da proteção civil, Angelo Borrelli, pediu atenção para as fake news, pois existem muitas circulando em grupos de whatsapp. “Estamos no nível máximo de atenção para isolar e individualizar o vírus, mas verifiquem as informações.”

O Sul Italiano

A região sul, antes sem nenhum caso, já passa por situações de quarentena também. Escolas e universidades fechadas, bares e restaurantes com horários reduzidos e as pessoas em casa.

A estudante de 22 anos, Chiara Blandamura, moradora de Taranto contou como eles se encontram. “Eu estou fazendo as aulas online. Os professores marcam uma data e nós assistimos”.

Foto: Ministério da Saúde

O que se sabe do vírus

A Organização Mundial da Saúde disponibilizou um conteúdo online com todas as perguntas frequentes e informações necessárias para combater o Coronavírus. Veja alguns dos pontos importantes

O Coronavírus, também conhecido como Covid-19, é o chamado zoonótico, ou seja, ele pode ser transmitido entre animais e seres humanos. Pode causar desde resfriados mais leves até a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV).

Apesar da situação alarmante, um estudo demonstrou que a taxa geral de mortalidade do vírus é de apenas 2,3%. Os idosos com mais de 65 anos que já apresentavam alguma patologia apresentam a maior taxa de mortalidade, chegando a 8%.

Os sintomas são os mesmos de uma leve gripe, como espirros, tosse e febre. Em casos mais severos, os infectados poden apresentar pneumonia e falha dos rins.

O período de incubação (tempo entre pegar o vírus e desenvolver sintomas) pode ser de até 14 dias, porém normalmente no quinto dia já se veem sinais.

Métodos de prevenção contra o vírus

Os passos para ajudar na prevenção do vírus são simples:

lavar as mãos regularmente com água e sabão;
usar álcool em gel;
manter distância de pelo menos um metro de pessoas que estejam tossindo ou espirrando;
evitar tocar nos olhos, nariz e boca com a mão sem lavar;
cobrir as vias aéreas com o antebraço ou um papel quando espirrar ou tossir;
ficar em casa se sentir mal e procurar ajuda médica em caso de febre, tosse e dificuldade de respirar.

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