Um filme forte e extremamente necessário. Os 7 de Chicago acompanha um dos maiores, se não o maior, julgamento da história dos Estados Unidos, que ocorreu em 1968 e entrou para história do país.
Em 151 dias, o tribunal americano condenou sete homens por conspiração e tumulto durante protestos pelo fim da Guerra do Vietnã, ocorridos na cidade de Chicago. O julgamento teve a cobertura da imprensa e o público assistiu a todas as etapas. O julgamento ficou marcado pelo slogan: “O mundo inteiro está assistindo”.
No começo do filme, somos apresentados rapidamente a cada um dos condenados e suas reais intenções na história. Nenhum deles foi com o intuito de gerar confusão, apenas queriam protestar pacificamente, porém, algo não saiu como planejado e eles acabam envolvidos em um tumulto.
Mesclando com imagens reais, o filme nos dá o pano de fundo do enredo: a Guerra do Vietnã e os assassinatos do Procurador – Geral Robert Kennedy e do ativista Martin Luther King.
Ao assistirmos o julgamento, vemos um juiz completamente corrupto, e não estou falando do tipo de aceitar dinheiro e sim, do pior tipo: corrupto moral. Além dos sete réus, há uma oitava pessoa sendo julgada [que aparentemente, estava lá por um infortúnio] e a maioria das ações duvidosas do juiz recai sobre ela: Um homem negro.
Em um drama imponente e arrebatador, o diretor Aaron Sorkin nos apresenta os fatos de acordo com o avanço no tempo, mas acaba usufruindo dos flashbacks para explicar melhor ao público o que está acontecendo. O filme conta com um elenco de peso, com nomes como Eddie Redmayne, Michael Keaton, Mark Rylance e Joseph Gordon-Levitt.
Os 7 de Chicago é um dos fortes concorrentes a levar a estatueta, por seu enredo completo e produção envolvente.
*Por Victoria Capaldo