Sempre que falamos em 25 de dezembro, automaticamente pensamos em uma árvore toda enfeitada, presentes, uma ceia muito gostosa e aquela confraternização em família – que geralmente só encontramos as pessoas nessa época do ano. Para os Cristãos, a data simboliza também o nascimento de Jesus Cristo, mas você sabia que a data não tem nada a ver com este acontecimento?

Uma festa pagã chamada de Natalis Solis Invicti (ou Nascimento do Sol Invicto, em tradução livre), era uma comemoração ao deus persa Mitra, regente da guerra e sabedoria, mas também representante do bem, da luz e do mundo espiritual. O festival mitraico acontecia com a troca de presentes entre as pessoas e grandes refeições. 

O objetivo da Igreja foi cristianizar as festividades pagãs desse dia, quando os romanos celebravam o solstício de inverno e cultuavam os ideais de renovação e renascimento. Já no século quatro, quando o Cristianismo estava um pouco mais consolidado no mundo, foi quando a festividade foi oficializada e chamada de Natale Domini (Natal do Senhor, em tradução livre). 

Símbolos natalinos

Os símbolos vieram de várias culturas diferentes do mundo europeu, em uma tentativa de criar uma representação ainda maior para o cristianismo. Entretanto, alguns dos símbolos são os mais conhecidos nesta época do ano. A equipe do 9noandar selecionou três tópicos para explicar a origem.

  • Presépio: São Francisco de Assis quis recriar a cena do nascimento de Jesus para explicar ao povo. Junto a isso, veio a representação da união terrena com o divino.
  • Árvore de Natal: A ideia veio também das religiões pagãs, que enfeitavam pinheiros (pois aguentam frios rigorosos) para celebrar a vitalidade e a chegada do inverno. Os germânicos enfeitavam estas árvores com nozes e frutas para afastar os maus espíritos e manter a prosperidade da primavera. 
  • Papai Noel: A figura foi inspirada em São Nicolau, que deixava moedas próximas às chaminés dos mais necessitados, representando a caridade e a generosidade de hoje em dia, que se alastra mais ainda nessa época e persevera o comércio de dar algo para alguém.

O Natal em outras religiões

Religiões além do cristianismo celebram o 25 de dezembro de muitas formas. A igreja impôs a data como o nascimento de Jesus, mas é comum que praticantes de outras crenças tenham outras ideias.

No judaísmo, o Natal não é considerada uma data religiosa e sim puramente cristã. Jesus viveu sempre como judeu e nao fundou nenhuma religião, visto sempre como o Messias savador. A celebração deles é o Hanukkah, que acontece perto de 25 de dezembro, onde candelabros são acesos na janela para compartilhar luz. 

Já os muçulmanos celebram o “Dia da Família” e pregam o respeito. Eles sentem os efeitos positivos e dividem momentos de felicidade, harmonia e paz entre os envolvidos. Os islãs acreditam em Jesus como o profeta que lutou pelo bem-estar da família e o amor ao próximo. Também trocam presentes, mas como premissa da religião em si, eles são incentivados a fazerem essas gentilezas independentemente da época do ano.

O budismo aceita os ensinamentos de Jesus como uma sabedoria imensa que envolve amor e compaixão, premissas pregadas por Buda. Os budistas fazem festas com luzes para celebrar o surgimento do profeta. Existem outras cerimônias que celebram a vida de Buda, mas não há uma relação de adoração, diferentemente de outras religiões. 

Natal no comércio

O Natal é uma das épocas mais aguardadas do ano, pois movimenta uma quantidade enorme de pessoas, seja para comprar presentes ou para gerar empregos temporários. A expectativa para este ano era de 89 mil novas vagas para o período de final de ano. Estudos pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que o faturamento das vendas deste ano deve ser quase 10% maior que o mesmo período do ano passado, quando a pandemia ainda estava em grande ápice.

“Não é surpresa que o Natal deste ano seja ruim, assim como foi a Black Friday”, afirma o economista do Ibevar, Claudio Felisoni. Com mais de 13 milhões de desempregados e a inflação na casa de 10%, é normal que as vendas sejam menores. Ainda assim, o setor mais lucrativo do Natal neste ano foi o de supermercados, que correspondeu a 38,5% de todas as vendas. As importações também tiveram um aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano passado, porém ainda inferior às vendas de 2019. 

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