Quando bate meia noite no relógio, vêm junto as promessas e os fogos indicando o início de um novo ano. São ao menos 365 oportunidades novas, mas isso sem contar os anos bissextos e os dias que têm mais de uma chance. E sempre que fazemos algo, surge aquela dúvida: e se eu tivesse feito isso diferente?
Não é uma frase muito fora da normalidade. Na verdade, ela é bem recorrente. Temos o costume não muito saudável de reviver memórias que não são assim tão reconfortantes. E tudo isso faz pensar em uma realidade utópica de um universo paralelo onde as coisas teriam acontecido de outro modo.
“E se eu tivesse dito não?”
“E se eu não tivesse aceitado esse emprego?”
São tantos e se que ficamos meio perdidos. Mas todo ano existem chances novas de recomeçar, de fazer diferente. Talvez a oportunidade não seja a mesma, mas as que você deixou passar podem te ensinar muito.
O importante não é se algo já está feito, mas que temos infinitas possibilidades de escolha.
Richard Bach
Os e se rondam nossa mente o dia inteiro, em todas as situações. Às vezes vemos pessoas fazendo o mal – a outros ou a si mesmas -, presidentes não cuidando de seus países e por aí vai, e pensamos:
“E se fosse eu no lugar dele?”
Até para isso é preciso ter empatia, mesmo que não seja sempre fácil assumir essa postura. Mesmo que a compreensão da atitude do outro não seja de imediato, ou talvez nem seja possível de compreender. Mas sempre nos colocamos dizendo “se fosse comigo…”. Mas na realidade não há como saber. O e se é um ontem que não voltará mais. E não tem problema, porque amanhã todos estaremos cheios de possibilidades novamente. E depois de amanhã também. E depois de depois de amanhã. Enfim, todos os dias até o final do ano, e dia 1 de Janeiro tudo recomeça cheio de “e se esse ano eu fizer diferente?”
9NOANDAR 